sábado, 20 de abril de 2013

Reino Animalia – Poríferos, Cnidários, Platelmintos, Nematelmintos



Reino Animalia

O reino animal é formado por organismos eucariontes, multicelulares e heterótrofos. Nutrem-se primariamente por ingestão. São também chamados de Metazoa ou metazoários. Algumas poucas formas alimentam-se por absorção. Esse reino compreende os animais, desde as esponjas até o ser humano.

Em geral, os animais se locomovem e possuem órgãos dos sentidos e sistemas nervoso, o que facilita a localização do alimento e a coordenação dos movimentos para a sua captura.

A maioria dos animais apresenta simetria bilateral, isto é, seu corpo pode ser dividido em duas partes simétricas.

Classificação dos animais

A principais etapas do desenvolvimento embrionário:

               A união do espermatozoide e do óvulo produz o zigoto, que se divide várias vezes e forma um cacho de células, a mórula. Esta se transforma em uma esfera oca, a blástula, cuja cavidade é chamada de blastocele. A esse estágio se segue o de gástrula, no qual já é ectoderme e a endoderme. Os animais que apresentam apenas essas duas camadas são chamados de diblásticos ou diploblásticos. Aqueles que desenvolvem uma terceira camada, a mesoderme, são chamados de triblásticos ou triploblásticos. Dessas camadas se originam todos os tecidos e órgãos do animal.

               No estágio de gástrula, o embrião possui uma cavidade, o arquêntero, que originará a cavidade do tubo digestório do animal. Ela comunica-se com o exterior por um orifício, o blastóporo, esse orifício origina a boca. Nos deuterostômios a boca forma-se mais tarde em outra região, e o ânus forma-se do blastóporo ou em uma região próximo a ele.

               Em alguns animais surge uma cavidade no meio da mesoderme, o celoma, que no adulto formará a cavidade geral do corpo, situada entre a epiderme e o tubo digestório e que aloja diversos órgãos. Esses animais são chamados de celomados. Aqueles que não possuem uma cavidade no corpo que não se formou dentro da mesoderme, mas da blastocele, sendo, por isso, chamada de pseudoceloma; os animais são pseudocelomados.

Veja no quadro a seguir como os animais podem ser agrupados de acordo com o desenvolvimento embrionário:



Poríferos

Os animais classificados no filo Porifera são as esponjas, aquáticos, fixos, sem tecidos definidos nem sistema nervoso. O corpo é revestido por uma camada de células, chamadas de pinacócitos, interrompida por porócitos, células com poros que permitem a entrada de água com alimento e oxigênio. No interior há uma cavidade e na parte superior uma abertura maior, pela qual sai a água.

               As esponjas não possuem boca nem cavidade digestória; elas são animais filtradores: células especiais com flagelos, os coanócitos, promovem a circulação de aguá no interior da esponja e capturam, por fagocitose, seres unicelulares, que são digeridos. Uma parte do alimento digerido é transferida para os amebócitos, células que também realizam digestão e distribuem o alimento para as outras células. Portanto, a digestão é exclusivamente intracelular.

               A sustentação da esponja é dada por uma rede macia e flexível de filamentos protéicos. Além dessa rede, algumas esponjas possuem um esqueleto formado por espículas de calcário ou de sílica, os espongioblastos e os escleroblastos.

               Nesses animais não há sistemas responsáveis pela respiração, pela circulação e pela excreção. O oxigênio, o gás carbônico e as excretas entram nas células e saem delas por difusão e são levados pela corrente de água. Como nenhuma célula está longe da água, a difusão é suficiente para o transporte de substâncias e o alimento chega com a corrente da água.

               A reprodução pode ser assexuada ou sexuada, com formação de larvas móveis, importantes para a dispersão de um animal fixo, que, de outra forma, não poderia colonizar novos ambientes.

Cnidários

               No filo Cnidaria estão os corais, as águas-vivas, as anêmonas, as caravelas e as hidras, animais aquáticos, quase todos marinhos, e diblásticos. Como adaptação à vida sedentária ou com pouca movimentação, apresentam simetria radial. Há duas formas de animais:

*polipoide ou pólipo -  cilíndrica, fixa ou com pouca mobilidade, com uma das extremidades apoiada em um substrato qualquer e a outra livre; a abertura bucal está rodeada de tentáculos;

*medusoide ou medusa -  arredondada e com vida livre; a boca localiza-se na face inferior e na periferia do corpo existem tentáculos.

A parede do corpo é formada pela epiderme e pela gastroderme. Entre elas há uma camada gelatinosa, a mesogléia. Na epiderme há células sensoriais e células mioepiteliais, responsáveis pela proteção e pelo movimento do corpo. Há também células urticantes, com uma pequena cápsula, que injeta por um estilete uma substância tóxica na pele de quem toca a sua superfície. Essa toxina paralisa e mata os animais que servem de alimento aos cnidários. Os cnidócitos causam queimaduras nas pessoas que entram em contato com a água-viva e com a caravela.

Apresentam digestão intracelular e extracelular. A digestão depende de enzimas produzidas por células glandulares da gastroderme. Não possuem sistema respiratório, circulatório e excretor. O sistema nervoso é difuso, composto de uma rede de células nervosas.
A reprodução é sexuada ou assexuada, podendo alternar-se.

O filo dos cnidários divide-se em três classes:

*Hydrozoa – há espécies na forma pólipo, medusa e que apresentam alternância de gerações. Ex.: hidra, Obelia e Physalia ou caravela portuguesa;

*Scyphozoa – sempre marinhos, com a forma medusa mais desenvolvida que a dos hidrozoários; na reprodução também ocorre o ciclo com alternância de gerações; Ex.: água- viva;
*Anthozoa - representados essencialmente pela forma pólipo; são marinhos e podem ter vida isolada, como a anêmona, ou formar colônias, como os corais, que secretam um esqueleto calcário, responsável pela formação dos recifes de corais.

Platelmintos

No filo Platyhelminthes estão as planárias, as solitárias e os esquistossomos, animais de corpo achatado, triblásticos e acelomados, com simetria bilateral, apresentando uma região anterior com órgãos sensoriais. O tubo digestório é incompleto; algumas espécies parasitas não têm tubo digestório. Não há sistema respiratório nem circulatório. O sistema de excreção é formado pelas células-flamas, flageladas.

No sistema nervoso há gânglios nervosos e dois cordões nervosos. Alguns animais possuem ocelos, que acusam a presença de luz, e quimiorreceptores, que indicam a presença de substâncias químicas no ambiente.

Em relação à reprodução, a planária pode realizar reprodução assexuada, partindo o corpo em dois pedaços, ou sexuada. Ela e a tênia são hermafroditas ou monóicas, e o esquistossomo é dióico.

Esses animais estão divididos em três classes:

*Turbellaria – a maioria das espécies é aquática, de vida livre; o termo turbelário vem do turbilhão provocado na água pelos cílios que cobrem a pele desses animais; o principal exemplo é a planária;

*Trematoda – seu corpo é revestido por uma cutícula com ventosas de fixação; possuem tubo digestório com boca; exemplos: Schistosoma mansoni e Fasciola hepática, ambos parasitas.

*Cestodea -  os principais exemplos dessa classe são as solitárias ou tênias; seu corpo é formado por uma repetição de segmentos ou anéis. Na região anterior há estruturas de fixação e, na Taenia solium, também uma coroa de ganchos. Não possuem tubo digestório. Esses parasitas causam a teníase. O hospedeiro definitivo é o ser humano.


Nematódeos

               Antes, o filo Nematodea era uma classe do filo dos asquelmintos. Hoje, o termo asquelminto designa um conjunto de oito filos, dos quais os nematódeos são os representantes mais abundantes, encontrados em grande quantidade no solo, na água e como parasitas de animais vegetais.

               São vermes cilíndricos, afiliados nas extremidades, assemelhando-se a um fio, triblásticos, pseudocelomados e com o corpo coberto por uma película muito resistente, secreta pela epiderme. São os primeiros animais a apresentar tubo digestório completo. Não têm sistema respiratório nem circulatório. O sistema excretor é formado por tubos longitudinais ou células especiais. O sistema nervoso é constituído por um anel em volta do esôfago, do qual partem cordões nervosos longitudinais. Na maioria dos casos, os sexos são separados e a fecundação é interna.

               Há parasitas monóxenos e heteróxenos. A Ascaridíase ou ascaríase é um exemplo de doença humana causada por eles, causada pelo Ascaris Lumbricoides; os ovos são expulsos nas fezes, e se desenvolvem no interior de uma larva; Se não houver saneamento básico, os ovos podem chegar ao solo e contaminar água e alimentos.


Exercícios


1 Qual o sistema de sustentação do corpo das esponjas?
R.: A sustentação da esponja é dada por uma rede macia e flexível de filamentos protéicos.


2 Que tipo de simetria os cnidários apresentam?
R.: Simetria radial.


3 Como é o sistema excretor dos platelmintos?
R.: O sistema de excreção é formado pelas células-flamas, flageladas.


4 Como pode ser a reprodução das esponjas?
R.: Assexuada ou sexuada, com formação de larvas móveis, importantes para a dispersão de um animal fixo, que, de outra forma, não poderia colonizar novos ambientes.


5 Como é a disgestão dos cnidários?
R.: Digestão intracelular e extracelular, dependendo de enzimas produzidas por células glandulares da gastroderme.


Bibliografia


LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. BIOLOGIA. São Paulo: Editora Ática, 2009.



sexta-feira, 19 de abril de 2013

Biologia - Reino Plantae


Reino Plantae


O Reino Plantae é o grupo de organismos eucariontes, multicelulares e fotossintetizantes com tecidos verdadeiros. São também conhecidos por metáfitas. Esse reino compreende as plantas, desde as briófitas até as plantas que produzem frutos (angiospermas).

As plantas são seres pluricelulares e eucariontes. Nesses aspectos elas são semelhantes aos animais e fungos; entretanto, têm uma característica que as distingue desses seres - são autotróficas (produzem o próprio alimento pelo processo da fotossíntese).

Acredita-se que as plantas tenham surgido a partir de um grupo ancestral de algas verdes, pois existem várias características que as aproximam, como a presença de parede celular composta principalmente de celulose e a existência de clorofilas a e b nos cloroplastos. 

Há cerca de 500 milhões de anos, as plantas iniciaram a ocupação do ambiente terrestre. Este ambiente oferece às plantas vantagens como: maior facilidade na captação da luz e facilidade da troca de gases, devido à maior concentração de gás carbônico e gás oxigênio na atmosfera.

Características que se mantiveram por seleção natural:

*Camada de células estéreis envolvendo e protegendo os gametângios; o gametângio masculino chama-se anterídio e o feminino, arquegônio.

*Retenção do zigoto e dos estágios iniciais de desenvolvimento embrionário dentro do arquegônio, conferindo grande proteção ao embrião. 

Por reterem os embriões em seus corpos, as plantas são chamadas embriófitas. 

O cladograma a seguir esquematiza resumidamente alguns passos da evolução das plantas:



Mas e quanto a presença da água, tão necessária à vida?

No ambiente terrestre a quantidade de água sob a forma líquida é bem menor e também que a maior parte dela está acumulada no interior do solo. 

Como, então, as plantas sobrevivem no ambiente terrestre?

Elas apresentam adaptações, por exemplo, estruturas que permitem a absorção de água e outras estruturas que impedem a perda excessiva da água. Devemos lembrar que alguns grupos de plantas continuaram sobrevivendo em ambiente aquático.

As plantas têm sido divididas em dois grandes grupos: 

*criptógamas: plantas que têm as estruturas reprodutoras pouco evidentes. Ex.: musgos e samambaias;

*fanerógamas: plantas que possuem estruturas reprodutoras bem visíveis. Todas desenvolvem sementes espermatófitas. Ex.: pinheiros, mangueiras, roseiras e coqueiros.

As criptógamas dividem-se em dois grupos:

*briófitas: criptógamas que não apresentam xilema e floema, tecidos verdadeiros e especializados, respectivamente, para o transporte de seiva bruta e elaborada; são plantas de pequeno porte. Ex.: musgos e hepáticas;

*pteridófitas: criptógamas que têm xilema e floema. Ex.: samambaias e avencas. 
Por apresentarem xilema e floema, as pteridófitas e todas as fanerógamas são chamadas plantas vasculares ou traqueófitas; já as briófitas, que não têm esses tecidos, são chamadas atraqueófitas. 

As fanerógamas também são divididas em dois grupos:

*gimnospermas: têm sementes, mas não formam frutos. Suas sementes são chamadas “nuas”, pois não estão abrigadas no interior de frutos. Ex.: pinheiro-do-paraná;

*angiospermas: apresentam sementes abrigadas no interior de frutos. Os frutos são resultantes do desenvolvimento do ovário da flor. Ex.: mangueira, figueira, laranjeira. 

Briófitas 

As briófitas apresentam características de transição do ambiente aquático para o terrestre, onde os organismos enfrentam alguns problemas, entre eles a redução da quantidade de água disponível.

As briófitas não possuem raízes e a absorção de água ocorre diretamente através da superfície do corpo do gametófito em contato com o substrato, fixo por meio de estruturas denominadas rizoides. Dentro do corpo, a água é transportada de forma lenta, limitando o tamanho das briófitas; a maioria delas não ultrapassa 20 cm.

Assim, essas plantas são mais comuns em ambientes úmidos e sombreados, ocorrendo em abundância nas florestas tropicais e temperadas. 

Outra característica das briófitas que marca a dependência em relação à água é a presença de gametas masculinos flagelados. Gametas flagelados deslocam-se de modo eficiente em meio líquido. No ambiente terrestre, há necessidade de gotas de orvalho ou de chuva para que eles cheguem até os gametas feminino, que são imóveis. 

Na maioria das gimnospermas e nas angiospermas, entretanto eles não são flagelados e são chamados de células espermáticas. 

Existem espécies que vivem em água doce, espécies encontradas na zona de borrifos da água do mar em costões rochosos, espécies que podem ser encontradas em desertos e regiões secas e quentes, ou até em regiões muito frias, como o Ártico e a Antártida. Algumas espécies de briófitas são muito sensíveis à poluição e a ausência delas indica má qualidade do ar. 

O termo briófita se refere na verdade a três filos distintos de plantas: 

Hepáticas (Filo Hepatophyta)

No grupo das hepáticas os gametófitos têm corpo achatado ou folhoso, e se fixam ao solo por meio de rizoides. Ex.: gênero Marchantia.

Há espécies que retornam secundariamente para o ambiente aquático. 

Ex.: indivíduos de Ricciocarpus natans – hepática que flutua em água doce pouco movimentada;

Antóceros (Filo Anthocerophyta)

Nesse grupo o gamerófito apresenta corpo multilobado e o esporófito é alongado.

Musgos (Filo Bryofhyta)

Além de rizoides, os gametófitos geralmente possuem cauloide, de onde partem os filoides. Ex.: gênero Sphagnum

Pteridófitas

O surgimento de traqueídes foi fundamental para a evolução das plantas de maior porte: as traqueófitas. 

A traqueíde é o principal tipo de célula responsável pela condução de seiva bruta nas plantas vasculares verdadeiras. 

O surgimento do xilema também colaborou para a sustentação do corpo das traqueófitas. 

Além do xilema, surgiu o floema, tecido responsável pelo transporte de seiva elaborada. A existência desses vasos verdadeiros possibilitou o transporte rápido de água e sais minerais até as folhas, e de seiva elaborada das folhas para as demais partes da planta, propiciando a existência de plantas maiores. 

Nesses organismos, os gametófitos são reduzidos e os esporófitos são a fase predominante do ciclo da vida. Nos esporófitos, os esporângios podem ficar reunidos em estruturas especiais chamados soros ou então estróbilos. 

As plantas coletivamente chamadas pteridófitas são atualmente classificadas em dois filos: 

Pteridophyta e Lycopodiophyta (selaginelas)

*Filo Pterophyta: agrupa as samambaias e avencas, que são plantas comuns em regiões tropicais; 

Recentemente, foram incluídos no filo Pterophyta dois outros grupos que eram considerados em filos separados:

- as psilófitas: Ex.: Psilotum; Seu esporófito apresenta corpo verde ramificado, sem folhas, e os esporos são produzidos em esporângios geralmente reunidos em grupos de três na extremidade de ramos laterais curtos;

-as cavalinhas, com um só gênero, Equisetum; seus esporófitos são facilmente reconhecíveis, pois têm corpo ereto com gomos onde estaõ as folhas pequenas em forama de escamas.

*Filo Lycopodiaphyta: agrupa os gêneros Lycopodium e Selaginella; As espécies de Selaginella são chamadas de plantas revivescentes, pois só se reproduzem quando há aumento na umidade do ar ou em épocas de chuva. 

Ciclo de vida nas pteridófitas

No ciclo de vida das peteridófitas podemos notar, dependendo da espécie, duas condições distintas:

*Os esporófitos produzem por meiose esporos de um único tipo, cada esporo dá origem a um único tipo de gaetófito, que vai desenvolver tanto gametângios femininos quanto masculinos.

*Os esporófitos produzem por meiose dois tipos distintos de esporos, falando-se em heterosporia: um grande chamado magásporo e outro pequeno, chamado micrósporo. O megásporo dá origem ao gametófito feminino e o micrósporo, ao gametófito masculino. Ocorre o desenvolvimento endospórico do gametófito. 

Gimnospermas

As gimnospermas foram as primeiras a apresentar adaptações que permitiram a independância da água para a reprodução sexuada. Nesse grupo surgiram os grãos de pólen, estruturas que contêm o gametófito masculino imaturo protegido por um envoltório resistente. Assim protegidos, esses gametófitos são transportados pelo vento e, ao entrarem em contato com o gametófito feminino, germinam, formando o tubo polínico. Sua semente é nua, não fica protegida no interior do fruto. 

Na flora há quatro filos de gimnospermas. 

*Filo Cycadophyta: são as cicas, ocorrem em regiões tropicais e subtropicais. São plantas grandes; possuem um tronco distinto, coberto pelas bases das folhas que caíram. São tóxicas, possuindo neurotoxinas, e até mesmo compostos que causam câncer. 

*Filo Ginkgophyta: representado apenas pela espécie Ginkgo biloba, pode chegar até 30 metros. São plantas de sexos separados, não formando estróbilos típicos. 

*Filo Gnetophyta: representado por trêes gêneros atuais, Gnetum, Ephedra e Welwitschia. 

*Filo Coniferophyta: muito comuns em regiões temperadas. Representados pelos pinheiros e sequoias. São árvores grandes e longevas, como é o caso da Sequoiadendron.

Angiospermas

As angiospermas derivaram de um grupo de gimnospermas e os eventos evolutivos que surgiram. Elas também apresentam grãos de pólen, tubo polínico, óvulos e sementes; entretanto, na linhagem da angiospermas, surgiram outras estruturas de proteção do óvulo e da semente: os ovários e os frutos. 

Após a fecundação, os óvulos dão origem às sementes, e os ovários formam os frutos, que dão maior proteção às sementes e contribuem para a sua dispersão. 

As angiospermas também são fanerógramas; nesse grupo essas estruturas são as flores. Nesse caso a polinização ocorre pelo vento, e também por animais, como insetos, pássaros e morcegos. 

O surgimento dos frutos protegendo ainda mais as sementes foi eficiente na dispersão dessas plantas. 

Atualmente, as angiospermas correspondem ao grupo de plantas com maior diversidade: cerca de 235 000 espécies. Elas são classificadas no filo Anthopyta (do grego: ánthos=flor).

Ex.: mangueiras, coqueiros, laranjeiras, bananeiras etc. 

Desenho esquemático de uma flor completa, indicando os seus componentes. 




Exercícios

1- Qual foi a sequência evolutiva dos vegetais?
R.: Algas Verdes (1°) > Briófitas (2°) e Peteridófitas (3°) > Gimnospermas (4°) e Angiospermas(5°).

2 - Cite um ponto em como que os animais e fungos tem com as plantas. 
R.: são seres pluricelulares e eucariontes.

3 - Quais vantagens o ambiente terrestre oferece para as plantas?
R.: maior facilidade na captão da luz e facilidade da troca de gases.

4 - Quais são os filos das plantas chamadas pteridófitas?
R.: Pteridophyta e Lycopodiophyta. 

5 - Quais os principais componentes de uma flor?
R.: estigma, estilete, estame, pétala, sépala, ovário, receptáculo e pedúnculo. 


Bibliografia

FLAVIOEHEDRANBIOIFES. Botulismo. 2011. Anais eletrônico. Em: < http  : / / flavioehedranbioifes .wordpress . com / >. Acesso em 19 de abril. 2013.


SÓBIOLOGIA. Reino Protista. Anais eletrônico. em: < http : / / www . sobiologia . com . br / conteudos / Reinos / bioprotista . php >. Acesso em 19 de abril. 2013.


LOPES, Sônia. ROSSO, Sergio. Bio. Vol 3. Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2010.


Colaboração de Richard Augusto Barbosa.







quarta-feira, 3 de abril de 2013

Biologia - Reino Protista

Reino Protista


Introdução


        Reino Protista: organismos eucariontes, unicelulares, coloniais ou multicelulares que não possuem tecidos verdadeiros. Nesse grupo existem diversos métodos nutricionais, incluindo-se a fotossíntese, a absorção e a ingestão. Esse reino compreende as algas, que são fotossintetizantes, e os protozoários, organismos heterótrofos que podem obter seus alimentos por absorção ou por ingestão.

Habitat

        Os protozoários são, na grande maioria, aquáticos, vivendo nos mares, rios, tanques, aquários, poças, lodo e terra úmida. Há espécies mutualísticas, muitas são parasitas de invertebrados e vertebrados. Eles são organismos microscópicos, mas há espécies de 2 a 3 mm. Alguns formam colônias livres ou sésseis.
        Fazem parte do plâncton (conjunto de seres que vivem em suspensão na água dos rios, lagos e oceanos, carregados passivamente pelas ondas e correntes). No plâncton distinguem-se dois grupos de organismos:

Fitoplâncton: organismos produtores (fotossintetizadores), representados principalmente por dinoflagelados e diatomáceas, constituem a base de sustentação da cadeia alimentar nos mares e lagos. São responsáveis por mais de 90% da fotossíntese no planeta.

Zooplâncton: organismos consumidores, isto é, heterótrofos, representados principalmente por protozoários, pequenos crustáceos e larvas de muitos invertebrados e de peixes.

Digestão

        Nas espécies de vida livre há formação de vacúolos digestivos. As partículas alimentares são englobadas por pseudópodos ou penetram por uma abertura pré-existente na membrana, o citóstoma.
        Já no interior da célula ocorre digestão, e os resíduos sólidos não digeridos são expelidos em qualquer ponto da periferia, por extrusão do vacúolo, ou num ponto determinado da membrana, o citopígio ou citoprocto.  

Respiração

        A troca de gases respiratórios se processa em toda a superfície celular.

Excreção

        Os produtos solúveis de excreção podem ser eliminados em toda a superfície da célula. Nos protozoários de água doce há um vacúolo contrátil, esse recolhe o excesso de água absorvido pela célula, expulsando-a de tempos em tempos por uma contração brusca. O vacúolo é, portanto, osmorregulador.  

Classificação

        A classificação dos protozoários baseia-se fundamentalmente nos tipos de reprodução e de organelas locomotoras.
        A locomoção se faz por batimento ciliar, flagelar, por emissão de pseudópodos e até por simples deslizamento de todo o corpo celular. Em alguns ciliados há, no lugar do citoplasma, filamentos contráteis, os mionemas. Os pseudópodos, embora sendo expansões variáveis do citoplasma, podem se apresentar sob diferentes formas.
        Na tendência moderna, os protozoários estão incluídos no Reino Protista, subdivididos em quatro filos: 

Rizópodes ou Sacorníceos

        São amebas (“nus”); radiolários e foraminíferos (têm carapaças com formas bastante vistosas, feitas de calcário ou de sílica - importantes indicadores da existência de jazidas de petróleo).
        São marinhos de água doce, ou parasitas (Entamoeba histolytica). Têm um ou mais núcleos, vacúolos digestivos e vacúolos contráteis (apenas nos de água doce).
        Os Rizópodes caracterizam-se por apresentarem pseudópodes como estrutura de locomoção e captura de alimentos. São projeções da célula, que se deforma, que encaminham a ameba para várias direções. O mecanismo que leva à formação dos pseudópodes está hoje razoavelmente esclarecido: na região de formação de uma dessas projeções, a parte viscosa do citoplasma se torna fluida, permitindo que o restante da célula flua nessa direção. Vários pseudópodos podem ser formados ao mesmo tempo, modificando constantemente a forma da ameba. Os pseudópodos, na ameba, não servem apenas para a locomoção. Também são utilizados para a captura de alimento: pequenas algas, bactérias, partículas soltas na água etc. Eles rodeiam o alimento  e o englobam.
        O vacúolo alimentar formado (também chamado de fagossomo) une-se a lisossomo e se transforma em vacúolo digestivo. Inicia-se a digestão, a partir de enzimas lisossômicas que atuam em meio ácido.        Progressivamente, o conteúdo do vacúolo digestivo torna-se alcalino, até completar-se a digestão. As partículas digeridas atravessam a membrana do vacúolo, espalham-se pelo citoplasma e vão participar do metabolismo celular. Partículas residuais são expelidas da célula pela fusão da parede do vacúolo com a superfície da célula, em um processo inverso ao da fagocitose.
        As amebas que vivem em água doce apresentam vacúolo contrátil ou pulsátil para osmorregulação, eliminando o excesso de água que vai entrando no seu citoplasma (hipertônico), vindo do ambiente mais diluído (hipotônico).    
        Em condições desfavoráveis, por exemplo sujeita à desidratação, a Entamoeba produz formas de resistência, os cistos, com quatro núcleos no seu interior (partição múltipla).
        A reprodução assexuada é por bipartição simples ou cissiparidade (mecanismo semelhante a mitose).
        Dentre as amebas é importante a Entamoeba histolytica, que parasita o intestino humano, causando a disenteria amebiana ou amebíase.

Flagelados

        Sua célula é alongada, podem ter um ou mais flagelos e em alguns há também pseudópodos. No gênero Trypanosoma há uma membrana ondulante que auxilia na locomoção. Próximo ao ponto de origem do flagelo, existe o cinetoplasto, organela que contém o DNA, capaz de se autoduplicar e que fica incluído no interior de uma longa mitocôndria de formato irregular que se estende ao longo da célula.
        Existem flagelados de vida livre (Euglena – possuem clorofila e realizam fotossíntese; podem, também, nutrir-se de forma heterótrofa = zooflagelados), mutualísticos (Trichonympha, no intestino de cupins – fornecem a enzima celulase) e parasitas (Trypanosoma cruzi).
        Nos coanoflagelados, há uma espécie de colarinho que serve para a captura de partículas alimentares; têm estrutura muito semelhante aos coanócitos, células típicas das esponjas.
        Devido a isso, há teorias que sugerem uma relação filogenética entre coanoflagelados e esponjas.

Coanoflagelado

* A reprodução é sexuada ou assexuada por divisão longitudinal. Este filo tem muitos importantes parasitas humanos:

    Leishmania braziliensis: Causa a leishmaniose tegumentar ou úlcera de Bauru ('ferida brava'). Vive no interior das células da pele e é transmitida pelo mosquito-palha (birigui).

    Trypanosoma cruzi: Causa a doença de Chagas, comum em nosso país e na América do Sul é transmitida por percevejos popularmente conhecidos como barbeiros.

    Giardia lamblia: Causa a giardíase (intestinal).

    Trichomonas vaginalis: Causa a tricomoníase (no aparelho genital).

* No intestino dos cupins e das baratas que comem madeira existem flagelados. Essa convivência é pacifica e caracteriza uma associação em que ambos os participantes são beneficiados (mutualismo). A madeira ingerida pelos insetos é digerida por enzimas produzidas pelos flagelados. Ambos aproveitam os produtos da digestão.  

* Esporozoários ou Apicomplexos: são todos parasitas. 

* Não possuem orgânulos para locomoção.

* São todos parasitas e apresentam um tipo de reprodução assexuada especial chamada de esporulação: uma célula divide seu núcleo numerosas vezes; depois, cada núcleo com um pouco de citoplasma é isolado por uma membrana, formando assim vários esporos a partir de uma célula.

* No ciclo vital apresentam alternância de reprodução assexuada e sexuada.

* O principal gênero é o Plasmodium, com várias espécies causadoras da malária. O Toxoplasma gondii, causador da doença toxoplasmose, é de grande seriedade em mulheres grávidas até o terceiro mês.  

Ciliados

* É o grupo mais altamente especializado. Apresentam cílios, cirros e membranelas. Os paramécios deslocam-se muito mais rapidamente que os flagelados e as amebas por causa dos inúmeros cílios que se projetam da parede do corpo. A maioria é de vida livre.

* Além de orgânulos especializados, possuem dois núcleos: macronúcleo (funções vegetativas) e micronúcleo (funções genéticas: hereditariedade e reprodução); apresentam extremidades anterior e posterior; na membrana, a entrada do alimento se dá pelo citóstoma e a saída de resíduos pelo citopígio (= citoprocto).

* Possuem dois vacúolos pulsáteis que funcionam alternadamente efetuando a regulação osmótica e possivelmente a expulsão de toxinas. Cada vacúolo possui canais que recolhem a água celular, encaminhando-a para um reservatório que efetua a sua expulsão da célula.
  
* Trocas gasosas e excreção, como nos demais protozoários, ocorre pela superfície da célula. A reprodução assexuada, como na ameba e na euglena, ocorre por divisão binária.

* A reprodução sexuada por conjugação consiste no pareamento de dois paramécios, com fusão das membranas e em seguida troca de material genético dos micronúcleos. Depois os paramécios se separam e se reproduzem assexuadamente por cissiparidade.

Algas – seu habitat e sua importância


        Nos sistemas aquáticos marinhos, existe uma comunidade formadora de uma verdadeira floresta. Ela é constituída por inúmeros protistas conhecidos simplesmente por algas. Assim como as florestas terrestres, essa comunidade aquática contribui para o abastecimento do oxigênio da biosfera.
        Sob a denominação algas enquadram-se diversos grupos de protistas diferentes entre si, mas que mantém uma característica em comum: são todos eucariontes, autótrofos fotossintetizantes dotados de clorofila.

Exercícios

1 - ) Qual a principal característica dos protistas e quais organismos fazem parte desse reino? 

R.: São seres unicelulares e eucariontes. Os protozoários e algas unicelulares.

2 - ) Cite algumas doenças causadas por protistas. 

R.: Doença de Chagas, malária, Amebiáse, giardíase.

3 - ) Os protozoários são organismos que em sua maioria habitam o ambiente aquático, entretanto, não apresentam parede celular. Eles apresentam como mecanismo para eliminar o excesso de água absorvido, em ambiente dulcícola, uma estrutura que permite a osmorregulação. Essa estrutura é conhecida como:

a.(X) Vacúolos contráteis
b.(  ) Pseudópodes
c.(  ) Membrana Plasmática
d.(  ) Flagelos
e.(  ) Cílios

4 - ) O reino Protista atualmente é conhecido como Protoctista, englobando uma diversidade de seres vivos que não apresentam ancestralidade em comum (polifiléticos). Os organismos presentes neste reino são eucariontes, uni ou pluricelulares e podem ou não realizar fotossíntese. Os principais grupos presentes neste reino são:

a)( ) Moneras e Protozoários
b)( ) Protozoários e Fungos
c)( ) Algas e Moneras
d)( ) Fungos e Algas
e)(x) Protozoários e Algas

5 - ) O barbeiro é o transmissor de um parasita que causa uma doença no homem. Assinale a alternativa que indica respectivamente o parasita e a doença:

a) Tripanossoma – doença de Chagas
b) Leishmania – úlcera de Bauru
c) Tripanossoma – doença do sono
d) Bactéria – furúnculo
e) Ameba - disenteria

A – Correta – O agente causador e a doença transmitidas pelo barbeiro estão expressas nesta alternativa.
B – Errada – O barbeiro não transmite este agente.
C – Errada – A doença associada ao barbeiro e ao Tripanossoma não é a doença do sono.
D – Errada – O barbeiro não transmite este agente.
E – Errada – O barbeiro não transmite este agente.

Bibliografia

Sobiologi. Reino Protista. Anais eletrônico. em: < http : / / www . sobiologia . com . br / conteudos / Reinos / bioprotista . php >. Acesso em 03 de abril. 2013.

Exercícios Brasi Escola. Exercícios sobre o Reino Protista. em: < http : / / exercicios . brasilescola . com / biologia / exercicios -  sobre - reino - protista . htm >. Acesso em 03 de abril. 2013.

LOPES, Sônia. ROSSO, Sergio. Bio. Vol 3. Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2010. 


Colaboração de Richard Augusto Barbosa. 

sexta-feira, 29 de março de 2013

Biologia - Reino Monera


Procariontes  

        Todos os procariontes eram tradicionalmente agrupados no Reino Monera, porém, desde os trabalhos de Woese na década de 1970, a existência desse táxon vem sendo contestada e atualmente a tendência é considerar os procariontes em dois Domínios: Archea e Bactéria. Os dados moleculares disponíveis mostram que as arqueas estão mais intimamente ligadas aos eucariontes do que às bactérias.




         Os procariontes, especialmente as bactérias, são muitas vezes lembrados como formas nocivas aos demais seres vivos, pois podem causar doenças. Entretanto, apenas poucas espécies de bactérias provocam doenças nos seres humanos e em outros organismos e, no caso das arqueas, não se conhecem espécies patogênicas, mas há as que vivem em mutualismo e mesmo como comensais com eucariontes.
        Os procariontes são fundamentais para a manutenção da vida em nosso planeta:
  • algumas espécies atuam como decompositoras, degradando organismos mortos e, com isso, contribuindo para a reciclagem da matéria orgânica no planta;
  • outras espécies são fotossintetizantes, dentre elas as cianobactérias, que realizam a fotossíntese oxigena, igual à das algas e plantas, participando como produtoras nas cadeias alimentares com liberação do gás oxigênio no ambiente; há também as bactérias sulfurosas púrpuras e sulfurosas verdes, que realizam a fotossíntese não oxigena, com liberação de enxofre;
  • algumas espécies são quimiossintetizantes e importante produtoras em ambientes especiais;
  • certas espécies vivem em associação com outros organismos, trazendo-lhes benefícios, como é o caso das bactérias que ocorrem na nossa flora intestinal e que produzem vitamina K;
  • algumas espécies que fazem fermentação são usadas na indústria de alimentos para a produção de iogurtes e outros produtos;
  • certas bactérias e cianobactérias são nitrificantes, pois conseguem fixar o nitrogênio (N2) do meio e transformá-lo de modo que possa ser aproveitado pelas plantas para a síntese de proteínas e ácidos nucleicos; outras bactérias são desnitrificantes, liberando o N2 para a atmosfera. Esses organismos são fundamentais no ciclo do nitrogênio.

 Formas de bactérias unicelulares


     A maioria dos procariontes é unicelular, com células medindo entre 0,5 e 5µm, muito menores que as células eucarióticas.
    A forma desses organismos podem variar. No esquema abaixo vemos as formas mais comuns encontradas nas bactérias. 
     

 

Apesar de unicelulares, as bactérias também podem existir em grupos chamados colônias. As bactérias cocos, por exemplo, recebem os seguintes nomes de acordo com a forma como estão agrupadas:

Estafilococos - agrupam-se de modo parecido a um cacho de uvas.

Estreptococos - agrupam-se em fileira.

As cianobactérias também chegam a formar colônias e podem ser observadas sob a forma de uma massa escura gelatinosa.

Parede celular


        Quase todos os procariontes apresentam parede celular. No Domínio Bactéria, a parede celular é sempre de peptideoglicano (polímero deaminoácidos e dissacarídeos). Nas arqueas, por outro lado, a composição da parede celular varia nas diferentes espécies, podendo ser, por exemplo, de polissacarídeos complexos associados a proteínas, mas não há peptideoglicano.
Algumas poucas espécies de arqueas e de bactérias não têm parede celular.

Coloração de Gram


        A coloração de Gram permite a classificação dos procariontes em dois grandes grupos: gram-positivos e gram-negativos.
        Por essa técnica, um esfregaço de células procarióticas fixadas pelo calor recebe o corante cristal violeta e, depois, o lugol (à base de iodo). Essas duas substâncias se combinam no citoplasma da célula procariótica, que passa a ter coloração violeta-escura ou púrpura. A seguir, adiciona-se álcool, que tem a capacidade de descolorir as células que foram coradas. No entanto, nem todas as células ficam descoradas. As que perdem a cor são chamadas gram-negativas e as que não perdem a cor são chamadas gram-positivas. Para visualizar as gram-negativas, adiciona-se à preparação um corante que cora de rosa ou lilás as células dessas bactérias.

Domínio Bactéria


        Espécies do Domínio Bactéria podem ser encontradas em grande diversidade de ambientes, desde que haja água, mesmo que seja pouca e esporádica.
        Dentro do Domínio Bactéria estão as cianobactérias, único grupo de procariontes que realiza fotossíntese com produção de O2. 
        Recentemente as cianobactérias foram reconhecidas como forte potencial para numerosos produtos biologicamente ativos, como os de uso farmacológico com atividade citotóxica, antifúngica, antibacteriana, antivirótica, imunossupressora e antitumoral. A boroficina, a criptoficina e a cinovirina são exemplos dessas substâncias, as duas primeiras estão sendo testadas contra o câncer, e a última, contra a AIDS.

Reprodução nas bactérias


        As bactérias (incluindo as cianobactérias) apresentam alto poder de reprodução assexuada por bipartição, com esse processo uma única bactéria pode dar origem a milhares (clones), em pouco tempo, e em condições adequadas.
        No caso das cianobactérias filamentosas na reprodução assexuada pode ocorrer quebras em determinados pontos, formando fragmentos denominados hormogônios, cujas células se dividem, e o filamento cresce novamente.
        É comum entre as bactérias a formação de esporos chamados de acinetos, e nas demais bactérias há formação de esporos chamados endósporos (endo= dentro, interno). Estes são produzidos no interior da célula, quando as condições do meio se tornam adversas.
        Ainda não se sabe se nas cianobactérias há mecanismos além das mutações gênicas, que aumentam a variabilidade genética.
        Para as demais bactérias, três mecanismos são bem conhecidos:

  • conjunção: duas bactérias unem-se e estabelecem entre si uma ponte citoplasmática de transferências. Uma delas, chamada “doadora”, duplica parte de seu DNA e doa essa parte para a outra bactéria, que é chamada receptora;
  • transformação: uma bactéria absorve moléculas de DNA disponíveis no meio e as incorpora ao seu DNA. Essas bactérias ficam então com constituição genética modificada e são chamadas transformadas;
  • transdução: transferência de genes de uma bactéria para outra por intermédio de vírus. Estes, quando se formam dentro de uma bactéria, podem incorporar ao seu próprio DNA pedaços do DNA bacteriano. Ao infectar outra bactéria sobreviva à infecção viral, passará a apresentar novas características, que serão transmitidas a seus descendentes.

As bactérias e a saúde humana


        As bactérias são agentes etiológicos de diversas doenças. Há outros dois grupos muito particulares de bactérias, as riquétsias e as clamídias, que são parasitas intracelulares obrigatórios, à semelhança do que ocorre com o vírus.
        De acordo com o que foi estudado sobre vírus no trabalho anterior, construímos uma relação das doenças viróticas e bacterianas.
        Na tabela as marcadas com X indicam que existe vacina. 

Doenças
Viróticas
Vacina
Doenças
Bacterianas
Vacina
Varíola
X
Febre tifóide
X
Rubéola
X
Desinteria
Bacilar

Resfriado

Coqueluche
X
Poliomilite
X
Difteria
X
Sarampo
X
Peste

Caxumba
X
Hanseníase
X
Raiva
X
Leptospirose

AIDS

Gastrite
Bacteriana

Gripe

Febre
Maculosa






Domínio Archaea


        Entre os três domínios este é o menos estudado e conhecido.
        A maioria das arqueas vivem em locais onde as condições são extremamente inadequadas para os demais seres vivos.
        Dentre as arqueas de especial interesse estão as metanogênicas, as halófilas extremas (halo= sal; filo= que tem afinidade por) e as termófilas extremas (termo= calor).
        As metanogênicas recebem esse nome por produzirem o gás metano (CH4) como um subproduto do seu metabolismo; são anaeróbias estritas, ou seja, não podem viver na presença de gás oxigênio.
        Em algumas estações de tratamento de lixo, o metano produzido por essas arqueas tem sido canalizado para ser usado como gás combustível.
        As halófitas extremas vivem em ambiente aquático com salinidade muito elevada.
        Em algumas espécies existe a presença do pigmento bacteriorrodopsina, que absorve a luz solar e essa energia é usada para sintetizar diretamente ATP. É o processo fotossintético considerado mais simples, e nenhum outro grupo e se vivo realiza processo equivalente.
        As termófilas extremas vivem em ambientes aquáticos onde a temperatura da água é muito elevada. A maioria delas obtém energia da oxidação do enxofre, sendo quimiossintetizantes.

Exercícios


1- Muitas doenças humanas são produzidas por vírus. Marque da relação seguinte a única de origem bacteriana:
a- ( ) gripe
b- ( ) caxumba
c- (x) hanseníase
d- ( ) sarampo
e- ( ) varíola

2- A bactéria que apresentar na estrutura de sua parede celular que se “cora” de rosa com a coloração de Gram, é classificada como:
a- (x) Bactéria Gram Positiva
b- ( ) Bactéria Gram Negativa
c- ( ) Bactéria de Gram
d- ( ) Micoplasma

3- Quando um vírus se forma dentro de uma bactéria, ele incorpora ao seu próprio DNA, pedaços do DNA bacteriano. Ao infectar outra bactéria, caso essa sobreviva, passará a ter novas características. Qual é o nome desse mecanismo de reprodução?
R.: Transdução, transferência de genes de uma bactéria para outra por intermédio de vírus.

4- Dentre as arqueas de especial interesse, temos a metanogênicas, por qual motivo elas recebem esse nome?
R.: Por produzirem o gás metano ( CH4) como um subproduto do seu metabolismo.

5- Recentemente as cianobactérias foram reconhecidas como fonte potencial para numerosos produtos biologicamente ativos. Cite exemplos de algumas dessas substâncias.
R.: boroficina, criptoficina e a cianovirina, as duas primeiras estão sendo testadas contra o câncer, e a última contra a AIDS. 


Bibliografia


SOBIOLOGIA. Reino Monera. Um mundo bem "diferente". Anais eletrônico. em < http : / / www.sobiologia.com.br / conteudos / Reinos / monera . php >. Acesso em: 03 de março. 2013.

ESTUDANTE DIGITAL. Exercícios de Biologia - Reino Monera. Anais eletrônico. em: < http : / / www . estudantedigital . org / 2012 / 07 / exercicios - resolvidos - de - biologia - reino _ 17 . html >. Acesso em 03 março. 2013.

EXERCÍCIOS BRASIL ESCOLA. Exercícios sobre o Reino Monera. Anais eletrônico. em < http : / / exercicios . brasilescola . com / biologia / exercicios - sobre - reino - monera . htm >. Acesso em 03 março. 2013.

LOPES, Sônia. ROSSO, Sergio. Bio. Vol 3. Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2010.